A tudo entendes
E os poucos compreendem
Que és uma expressão da alma
Tão ilimitada e intangível
Sem as fronteiras que te prendem
Às margens da sanidade
Às verossimilhanças e mentiras
Só aceitas a verdade
Resposta dada aos juízes
Ao Estado prepotente
Aos virtuosos sofistas
Aos tão sábios eruditos
És a minha solidão
Que é tão bem acompanhada
Por mim e por si mesma
Enquanto danço teu no harmônico ritmo
Grito-te às estrelas
Que me retornam o mesmo grito
Sussurro-te aos comuns
Que me retornam seus agitos
E sempre continuas eloqüente
Nunca ouvi tão bela retórica
Nunca recebi tão sábio conselho
Ainda não compuseram mais doce canção!
Angerona
Postado por Lucas às 07:52 0 comentários
Gatinho de Cheshire
Voando por entre bosques vivos
De pura fantasia onírica
Coelhos, loucos, grifos
Das flores se escutam risos
Wonderland cheia de riscos!
E quando vinha o fim do dia
Teu sorriso sem rosto se confundia
Com a Lua majestosa e solitária
Mas que logo de vista desaparecia
Pra qualquer lugar: Espanha, França, Itália
E por horas não mais voltava
Deixando uma doce nostalgia
Do momento em que você
Tão alegremente
Sorria.
By: Lucas
Postado por Lucas às 14:35 1 comentários
Felicidade Quimérica
Lá longe, onde os ventos cantam
Odes às estrelas, nuvens, tristeza
Cercados por águias sem muita destreza
Jazem os montes em sua beleza
Em sua altura vê-se, lá de longe,
A felicidade quimérica
E a terra pergunta “Onde?
No céu de estrelas sem brilho?
Labirintos e plantações de milho?
No sorriso da Lua minguante?”
Mas a terra não vê adiante
A felicidade se encontra distante
Longe dos olhos dos gatunos
Com suas táticas de assalto noturno
Longe das mãos dos que clamam por vida
Deixando em suas almas profundas feridas.
By: Lucas
Postado por Lucas às 17:23 0 comentários
Pecado Alado
O amor é o desenho do Diabo
Tatuado na pele de Deus
É Hades oculto nos olhos
De crueldade e insanidade de Zeus.
É o vento gelado que beija minha face
O bafo quente que o Verão traz
É aquela sonolenta folha
Que, durante o Outono, no chão jaz.
O tempo consome a beleza das flores
E faz o perfume do sândalo esvaecer
Putrefaz os corpos dos homens
E os restringem da dádiva do viver.
Eu me escondi em seus braços
Fugindo de um estranho pecado
Que me persegue voando no céu
Um estranho pecado alado.
O brilho fraco do teu sorriso
Refletido nas águas calmas do passado
Que também reflete as asas
Do meu estranho pecado alado.
O amor é o desenho do Diabo
Tatuado na pele de Deus
É Hades oculto nos olhos
De crueldade e insanidade de Zeus.
É o vento gelado que beija minha face
O bafo quente que o Verão traz
É aquela sonolenta folha
Que, durante o Outono, no chão jaz.
Postado por Lucas às 18:50 1 comentários