Angerona

terça-feira, 9 de agosto de 2011

A tudo entendes
E os poucos compreendem
Que és uma expressão da alma
Tão ilimitada e intangível

Sem as fronteiras que te prendem
Às margens da sanidade
Às verossimilhanças e mentiras
Só aceitas a verdade

Resposta dada aos juízes
Ao Estado prepotente
Aos virtuosos sofistas
Aos tão sábios eruditos

És a minha solidão
Que é tão bem acompanhada
Por mim e por si mesma
Enquanto danço teu no harmônico ritmo

Grito-te às estrelas
Que me retornam o mesmo grito
Sussurro-te aos comuns
Que me retornam seus agitos

E sempre continuas eloqüente
Nunca ouvi tão bela retórica
Nunca recebi tão sábio conselho
Ainda não compuseram mais doce canção!