Tons

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Esculpir de um tom de azul
Uma melodia grandiosa e
Sempre-renovada, e ao sul
De lugar nenhum, encontrar
Meu lugar, teu pensar, ao luar
E no castanho de teus fios
De cabelo, dançar, voar.
Fundir-se num vórtice
De puro ser, entoando
A melodia da minha morte
Mas morte minha no ato de doar
E renascer virgem no ser-com
Mas se aquele azul retornar
Melancólico, que mudemos o tom!

A Barba de Platão

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Nas fendas de teu eloquente silêncio,
Reifico. Ainda que vazio em tua essência,
Vacilo, crio margens a um sim-dito.
Preso entre códigos isolados
E a Vontade de Verdade, rogo pragas
À minha habilidade de distorcer
O fio da realidade,
De ver nos cacos de vidro
Algum vislumbre de unidade,
Enquanto há tão-somente
A simplória hipercomplexidade
De que no ser-não do teu amor
Seu avesso é a verdade.