Feliz daquele que,
Em regozijo, abraça o par
Que a alma lhe completa e dá vida
E desagua-se em comunhão absoluta
Como a onda se entrega ao mar.
Mas, Destino traiçoeiro,
Dizei-me, como hei de sê-lo,
Se de teus ardis fui vítima desonrada
E, na penumbra da noite dolorosa,
Fizeste-me agir sem prudente zelo?
De minha corte, de minha felicidade
Fui cruelmente desposado
Clamo em meu exílio "Guinevère, Guinevère"
E responde-me o destino com silêncio lancinante
Prelúdio da morte de um amor amaldiçoado.
Prantos amplificados pelo desespero
Seguiram-se aos inconscientes caprichos do pecado
As notas da angustiante melodia entoada
Pelo sofrimento perene e sempre-renovado
Hão de lograr-me imperiosamente a companhia
Em meus desolados e intermináveis dias
De cavaleiro renegado.
Le Chevalier Mal Fet
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Postado por Lucas às 19:46 0 comentários
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