Você era como o vento
Levando embora todas minhas mágoas
Carregando o pólen do amor
Que um dia fecundaria as terras da felicidade.
O sopro incessante e intangível
Que fazia o moinho de minha alma girar brandamente
Sem vacilar, sem parar
Sopro onipotente da vida que me mantinha tão vivo.
E você era como o fogo
Fogo que me purificava
Fogo que, com violência,
Destruía minhas angustias
E às vezes me matava.
Mas o seu fogo devolvia o calor ao meu corpo sem vida
Assim eu revivia
Para morrer de novo, por você
Eu, gelo puro, derretia-me à tua presença
E queimava de paixão.
E você era como a água
Lavando as fendas imperfeitas e impenetráveis
Da minha solidão
Arrastando-me com a força da sua correnteza para a multidão.
Eu mergulhava em você
Eu me banhava em você
Eu me afogava em você
Precisava de ti para viver
Precisava de ti para morrer.
E você era como a terra
Fazendo brotar o amor
Em terras que pareciam inférteis
Nos desertos áridos do meu ser
Nas desoladas montanhas da minha alma.
Você me soterrava
Você entrava em meus olhos
Suas tempestades me rasgavam a pele
Para depois germinar em ti novamente.
E você era como a neve
Congelando meu olhar sob seu corpo
Branca, pálida, gélida
Tão suave, tão macia.
Suavidade que demonstra sua crueldade e força
Com o poder destrutivo de sua avalanche
Que derruba as muralhas mais firmes do meu orgulho.
E você era amor e ódio
Faca de dois gumes
Beijo dado à luz da lua
E a flecha atirada em meu coração.
Apego e desapego
Constancia e inconstância
Sua expressão doce e feroz
Era minha vida...
Minha morte.
By: Lucas
Você Era
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Do Vazio Que Me Entristece
O vento passa por mim, indiferente
O desejo toma conta do meu corpo
E minha mente
Lembro com perfeição do teu rosto,
Tão sorridente
Onde deságua um oceano entorpecente.
O som do meu silêncio anuncia
A beleza vindoura
De outro dia
A aurora cor-de-rosa, enriquecia
A vida vivida em constante alegria.
Alegria essa que perece
Destruindo a todos que merecem
Deixando comigo apenas a dor
Do vazio que me entristece.
O horizonte é tão difícil de alcançar
Por todas as traiçoeiras estradas da vida
Irei andar
E lá de longe, para trás irei olhar
E verei, que mesmo distante,
Eu sempre hei de te amar.
O vento passa por mim, indiferente
O desejo toma conta do meu corpo
E minha mente
Lembro com perfeição do teu rosto,
Tão sorridente
Onde deságua um oceano entorpecente.
Profunda melancolia, obliterar-te!
Eu quero a felicidade em minhas veias
Então obliterar-te!
Escaparei das tuas hábeis teias
Sem saber exatamente se irei,
Enfim, encontrar-te.
Pois, para mim, você sorria
Mesmo quando eu não merecia
A nossa bela vida, tornar-se-ia
Na mais pura
E perfeita alegria.
Alegria essa que perece
Destruindo a todos que merecem
Deixando comigo apenas a dor
Do vazio que me entristece.
By: Lucas
Postado por Lucas às 14:37 0 comentários