A Barba de Platão

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Nas fendas de teu eloquente silêncio,
Reifico. Ainda que vazio em tua essência,
Vacilo, crio margens a um sim-dito.
Preso entre códigos isolados
E a Vontade de Verdade, rogo pragas
À minha habilidade de distorcer
O fio da realidade,
De ver nos cacos de vidro
Algum vislumbre de unidade,
Enquanto há tão-somente
A simplória hipercomplexidade
De que no ser-não do teu amor
Seu avesso é a verdade.

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